A mudança no comportamento do consumidor tem exigido um serviço cada vez mais personalizado, de todos os setores de consumo. Isso vai forçando alterações nos diferentes campos de contato entre as empresas e os clientes finais. Portanto, não ficar atento às mudanças exigidas por essa nova forma de relacionamento pode significar resultados negativos para a sua companhia.
Em vários setores, essa relação já está se modificando. No marketing digital, por exemplo, a mudança vem ocorrendo há bastante tempo. As ferramentas de automação já se tornaram essenciais para a execução de estratégias acertadas e eficientes.
Agora, está chegando a vez de outro setor: o que está sendo chamado de Indústria 4.0, o equivalente à 4ª Revolução Industrial.
Mesmo que em um ritmo mais lento do que o ideal, esse conceito vai, aos poucos, se estabelecendo no Brasil. Por isso, é preciso ficar atento ao que o mercado exige das empresas e começar a encontrar maneiras de atender a essas novas demandas. Agora, é a vez da revolução dos dados.
Continue a leitura para entender melhor esse conceito, ver o panorama da Indústria 4.0 no Brasil e aprender quais são as principais características desse movimento. Além disso, listamos as principais tecnologias e tendências para os próximos anos. Confira!
A 1ª Revolução Industrial foi marcada pela mecanização, enquanto a seguinte é conhecida pela eletrificação da fábrica. Já a terceira teve como objetivo automatizar tarefas mecânicas e repetitivas. Agora, na Indústria 4.0, a meta é aproximar o mundo físico, digital e biológico.
Com uma sociedade conectada, essa mudança está chegando no setor industrial. Analisar e monitorar constantemente os dados e informações disponibilizados no mundo online vai se tornando uma tarefa comum também para os processos que ocorrem em fábricas e depósitos, por exemplo. A tendência é que as máquinas tenham a capacidade de raciocinar, de tomar decisões e de solucionar problemas por meio da Inteligência Artificial. Com o maquinário integrado, o trabalho na Indústria 4.0 tende a ser mais ágil e eficiente, facilitando a automação dos processos.
De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a tendência é que, com o fortalecimento da Indústria 4.0, a redução de custos industriais chegue na casa dos R$ 73 bilhões ao ano. Esse valor abrange os ganhos com a maior eficiência do processo, além da economia da energia e a diminuição dos custos de manutenção de máquinas, por exemplo.
Por isso, fica claro como é fundamental que as empresas comecem a atentar a esse movimento a fim de colocar em prática os conceitos recentes sobre evolução do setor industrial. O objetivo dessa nova revolução é realizar investimentos que tornem os processos das indústrias mais baratos e eficientes.
Resumindo, a ideia é importar as tecnologias, cada vez mais presentes em nosso dia a dia, para o ambiente de trabalho dentro das fábricas. Ao deixá-las inteligentes, a tendência é de inúmeros ganhos para as empresas, funcionários e a indústria em geral, como vamos mostrar no decorrer deste artigo.
O conceito de Indústria 4.0 ganhou notoriedade entre 2011 e 2013 na Alemanha. O projeto do governo alemão tinha como objetivo promover a informatização da manufatura, levando as tecnologias recentes para as fábricas. Países como China e Estados Unidos estão em um estágio avançado em relação ao assunto — ao passo que, no Brasil, o processo está começando a ganhar o seu espaço.
A crise econômica que assolou o país nos últimos anos acabou prejudicando o desenvolvimento e o estabelecimento desse novo conceito dentro do setor. Aos poucos, porém, a indústria brasileira vai mostrando sinais de evolução.
O Brasil passou a exportar mais altas tecnologias e outros serviços relacionados a TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), por exemplo. Esses quesitos impactaram diretamente no posicionamento no ranking geral. Apesar da posição não tão agradável na tabela, o país subiu alguns degraus quando o assunto é produção de conhecimento e tecnologia, deixando de ser uma fraqueza.
Alguns dados mostram que ainda há um longo caminho a ser percorrido pela indústria brasileira. De acordo com um levantamento da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), 32% das 227 empresas (pequeno, médio e grande porte) entrevistadas nem sequer ouviram falar em Indústria 4.0. Os outros 68%, porém, acreditam que a tendência é de aumento da produtividade com uma maior integração nas fábricas, e não veem esse conceito como um risco, mas sim uma oportunidade.
A informação mais preocupante, no entanto, é em relação ao próximo passo em direção aos avanços tecnológicos. A pesquisa da FIESP indica que apenas 5% das empresas se sentem “muito preparadas”. Enquanto isso, outros 23% apontam que não estão “nem um pouco preparadas” para essas mudanças.
As empresas no Brasil, aos poucos, começam a entender mais sobre esse conceito e a importância da integração entre internet e indústria para o futuro do setor. Como mostramos acima, os investimentos nesse processo são capazes de gerar ganhos enormes para toda a indústria brasileira.
Agora que já abordamos qual é o conceito de Indústria 4.0 e como o setor está se preparando para as mudanças no Brasil, separamos as principais características desse processo. A seguir, vamos destrinchar cada um dos pontos para que não restem dúvidas sobre a importância da 4ª Revolução Industrial. Confira!
A nossa sociedade já se comporta em tempo real. O celular faz parte da nossa rotina, seja para acessar a sua conta no banco ou conversar com alguém no exterior. Dessa forma, as atividades passaram a acontecer em uma velocidade ainda maior; os usuários exigem respostas rápidas das empresas, ninguém quer ficar esperando.
Essa demanda chegou ao setor industrial. Com a capacidade de receber e trocar dados e informações instantaneamente, as decisões passam a acontecer em tempo real. O objetivo é agilizar os processos dentro das fábricas e tornar as decisões mais eficientes e rápidas na hora de solucionar um problema, por exemplo.
As simulações já são bastante comuns nas fábricas. Porém, a ideia com a Indústria 4.0 é, de fato, criar uma versão virtual da planta original. Por meio de sensores alocados em toda a estrutura do local, o processo de monitoramento remoto se torna muito mais simples de ser colocado em prática.
A rastreabilidade também é um programa que ganha o seu espaço com o processo de virtualização das fábricas. Assim, é possível utilizar sistemas de rastreabilidade automática, que gera inúmeros benefícios para a empresa. Entre eles, a flexibilização das linhas de montagem e, como consequência, o aprimoramento de todo o sistema de logística do seu negócio.
O objetivo da Indústria 4.0 é trazer inteligência à produção dentro das fábricas. Por esse motivo, com a descentralização dos módulos de trabalho, a tendência é que os processos se tornem mais eficientes.
Além disso, as decisões também passam a ser tomadas de maneira remota, facilitando a ligação entre o ambiente físico e o virtual. A ideia, nesse caso, é deixar o trabalho em tempo real mais eficiente. Integradas, as máquinas passam a fornecer informações sobre o seu ciclo de trabalho, além de receberem comandos em tempo real.
Conectividade e integração são as palavras-chave da nossa sociedade atual e, consequentemente, da Indústria 4.0. O objetivo é tornar interativa toda a estrutura de uma fábrica. Assim, todos os processos vão ser mais rápidos e simples, garantindo maior produtividade à sua empresa.
Tudo isso para facilitar o novo comportamento das pessoas — o que, como consequência, reflete nas relações de trabalho. A ideia é solucionar problemas por meio da internet, remotamente, investindo em soluções de softwares que auxiliem na aplicação dos principais conceitos da Indústria 4.0.
As linhas de montagem que produziam um mesmo produto, idêntico, em série e grandes quantidades, estão perdendo o seu espaço. Com a nova postura do consumidor atual, é preciso se estruturar a fim de atender às demandas do mercado. A exigência é por um atendimento personalizado.
A produção passa a ser feita de acordo com a demanda e, por isso, mudanças precisam ser realizadas. Com um sistema de acoplamento e desacoplamento dos módulos de produção, o processo de personalização se torna muito mais eficiente, garantindo maior flexibilização para que as tarefas das máquinas sejam alteradas.
Mecanização, energia e automação. Agora, na Indústria 4.0, chegou a hora da tecnologia ganhar ainda mais espaço nas linhas de produção. Para que você entenda melhor o conceito da 4ª Revolução Industrial, listamos e detalhamos as três principais tecnologias que devem se tornar realidade dentro das fábricas nos próximos anos.
A computação em nuvem já se tornou uma realidade. Afinal, usamos o armazenamento online para quase tudo em nosso dia a dia: mandar e-mail, ouvir músicas em serviços de streaming, fazer backup de mensagens ou fotos… enfim, às vezes utilizamos a nuvem sem nem perceber.
Seja qual for o seu objetivo, utilizar a nuvem como ferramenta de armazenamento é uma estratégia muito eficiente. Não à toa, ela é fundamental dentro da estrutura das fábricas inteligentes, que compõem a Indústria 4.0.
As vantagens ao implementar essa ferramenta são inúmeras. O custo, por exemplo, é muito mais baixo do que utilizar os softwares e hardwares tradicionais, que exigem toda uma estrutura física bastante onerosa.
A velocidade também é outro benefício interessante ao utilizar computação na nuvem — afinal, está tudo lá, disponível e pronto para ser acessado a qualquer momento. Outra vantagem é a segurança: o backup de dados é mais simples e realizado de maneira automática. Isso protege a sua empresa de eventuais problemas com documentos, por exemplo.
As informações nunca estiveram tão fáceis de encontrar. Usuários fornecem milhares de dados todos os dias, e as empresas também. Entretanto, essa demanda não consegue ser atendida e muita coisa útil acaba se perdendo. É essencial que os negócios consigam filtrar essas informações e transformar em ações que beneficiem a experiência do usuário.
Hoje, é fundamental encontrar as melhores maneiras de entender quais são as demandas e desejos do consumidor. Portanto, é a análise eficiente de tais dados que permite conhecer a fundo quem vai consumir a sua marca. Na indústria, esse conceito ainda acaba ficando de lado.
Com a chegada da Indústria 4.0, no entanto, a tendência é que o Big Data ganhe mais espaço e se torne uma peça fundamental desse quebra-cabeça. O tratamento eficiente de todas as informações disponíveis é o diferencial para o sucesso ou não de uma ação, ou até mesmo de toda uma empresa.
De acordo com um estudo da companhia norte-americana Honeywell, filtrar os dados com precisão traz inúmeras vantagens para a indústria. Uma delas? Maior produtividade da linha de produção — afinal, é possível reduzir o tempo de paradas não programadas em até 23%.
Além disso, com a análise constante das informações que o maquinário vai gerar, é possível realizar uma manutenção preventiva eficiente. Identificar a necessidade de manutenção, por exemplo, vai ser um trabalho muito mais simples, e as chances de um problema maior acontecer são menores.
A tendência é que tudo ao nosso redor esteja sempre interligado, garantindo uma maior interação entre os dispositivos. A televisão, por exemplo, passou a se conectar com a internet e permite que você assista ao mesmo vídeo que estava acostumado a ver somente em seu computador, tablet ou celular. Ou seja, a Internet das Coisas (IoT) já está presente em nossa rotina.
Com os modelos de fábricas inteligentes da Indústria 4.0, o objetivo é levar essa interação, que já ocorre em nossa sociedade, para dentro das linhas de produção. Ao digitalizar o maquinário em uma fábrica, por exemplo, a tendência é uma melhoria de rendimento em todos os processos internos.
Os equipamentos integrados facilitam realizar a ligação entre os diferentes serviços que envolvem uma fábrica: os setores de logística, fornecedores, suprimentos… Com tudo conectado, os processos tendem a ser mais rápidos e eficientes.
Além disso, com o conceito da Internet das Coisas, a ideia é que todos os dispositivos presentes na planta da fábrica consigam gerar informações e transmiti-las por meio do conceito de Computação na Nuvem. Dessa forma, as ferramentas não vão apenas produzir os dados, mas também vão ser capazes de realizar uma análise detalhada sobre eles.
Conectados via nuvem, os sistemas passam a interagir entre eles, trocando informações e fornecendo dados detalhados. Por esse motivo, o processo produtivo clássico, que segue um mesmo caminho por todo o percurso, acaba ficando para trás.
É possível ter, em tempo real, um contato direto com a linha de produção. Assim, se torna viável uma análise da qualidade do produto ainda durante a fabricação. Ou seja, maior eficiência de toda a produção daquela planta. As máquinas passam a tomar decisões com base na relação entre elas.
Os benefícios são inúmeros, começando pela redução do número de operações e, consequentemente, do custo de todo o processo. A performance de todos os seus ativos vai ser melhor, a produção vai crescer e, mais importante, ser capaz de transformar dados em inteligência para o seu negócio.
Além de entender como a Indústria 4.0 chegou e quais são as suas características, é importante analisar as próximas tendências. Por isso, listamos as três ferramentas que prometem revolucionar as linhas de produção. Veja a seguir!
Os robôs já fazem parte do processo de produção de uma fábrica. Porém, na Indústria 4.0, diferentemente das máquinas comuns, a tendência é que os robôs colaborativos — os Cobots — ganhem notoriedade.
Menores do que os “robôs” tradicionais que já estão presentes em algumas fábricas, os Cobots proporcionam um serviço eficiente ocupando menos espaço. Além disso, essa nova tecnologia permite que a máquina aprenda com as ações que acontecem. Ou seja, ela vai se tornando mais inteligente com o tempo.
Dessa forma, você garante um serviço mais completo. Como mostramos anteriormente, o objetivo é que a Internet das Coisas conecte toda a fábrica. Assim, as máquinas vão poder trocar informações entre elas e, melhor ainda, tomar as decisões com base em uma análise profunda de cada situação.
Qualquer fábrica tem uma planta física, certo? Com o Gêmeo Digital, esse processo fica muito mais moderno e eficaz. A partir de sensores e máquinas inteligentes, é possível reproduzir uma cópia virtual de tudo que acontece no mundo físico.
Ao conectar espaço físico da sua fábrica ao Gêmeo Digital, você passa a ter um controle certeiro sobre tudo o que acontece no local. Dessa maneira, é possível simular e analisar as condições do mundo real e, assim, encontrar formas de otimizar os processos.
Com a reprodução virtual da linha de produção, o processo de monitoramento se torna mais eficaz. Afinal, é possível antecipar eventuais problemas que possam aparecer, identificar manutenções necessárias e controlar tudo o que acontece na fábrica por meio de uma planta virtual.
A economia para a sua empresa pode ser imensa. Os testes e simulações são feitos com exatidão, evitando que você faça investimentos que não lhe garantam algum tipo de retorno. Ou seja, as suas estratégias vão se aprimorar, melhorando toda a estrutura produtiva do seu negócio.
Na Indústria 4.0, a conectividade sempre vai ser uma tendência. Afinal, este é um dos principais objetivos dessa revolução: verdadeiramente integrar as estruturas dentro de uma fábrica. Por esse motivo, o conceito vai continuar sendo um pilar importante e a expectativa é de que a conectividade só aumente.
Ao integrar as ferramentas de automação com a tecnologia da informação, é possível criar um sistema conectado em todas as suas frentes. Assim, você garante maior eficiência em todos os processos da linha de produção.
Na Indústria 4.0, a cadeia produtiva será cada vez mais conectada. Coletando, monitorando e analisando todos os dados produzidos pelos maquinários, sensores, documentos e toda a estrutura da fábrica, a tendência é que a produtividade dos seus processos seja ainda maior.
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